A vida é o mar onde todos os desejos se encontram e se afogam

A vida é o mar onde todos os desejos se encontram e se afogam

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Prece




Me cure amor
Me tira esse medo de me abandonar em seus braços
Não há muito tempo
Pra pensar
pra complicar
A perder

meu corpo, palha queimando sobre tua brasa
contraditório entre meus desejos
Intuindo perigo
a alma recusa ar
A porta está fechada
Me ajude a abrí-la de uma vez por todas
Pois ainda ha tempo
De arriscar
De sonhar
De viver

O sol está saindo em meu peito
Mas a tempestade impera
Há algo a fazer?
Minhas pernas afundam nesta lama
E meus braços gostariam de alcançar o céu
Me ajude a lutar mais uma vez
Pois não há mais tempo
Para se lamentar
Para desistir
para esperar

Sinta-me, ainda há algo a salvar
Me ajude a flutuar nesse instante
viver ainda o intervalo do tempo
Enquanto há esperança
Enquanto há amor
Enquanto há vida

Enquanto há oportunidades
De recomeçar.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

ENERGY




Ser feliz é estar sozinho

E rir de alegria, sentir paz interior

Desejar transbordar amor.


Ser feliz é fazer de si mesmo sua melhor amiga

E elogiar-se a cada amanhecer

Setindo-se a coisa mais preciosa que Deus criou.


Ser feliz é olhar para o mundo com otimismo

Sabendo que sua energia é mais potente do que qualquer obstáculo

E ter a certeza e a confiança inteira desta verdade.


Ser feliz é dançar ao som de uma musica do seu jeito

Sem notar quem está olhando ou o que podem pensar;

É abraçar uma árvore, beijar as flores e perguntar ao mar como ele está

Sem se preocupar com o fato de estar ficando louca;

É olhar as estrelas e sonhar com todas as utopias que deseja

Acreditando que só depende de você para que elas se tornem reais.


Ser feliz é estar feliz consigo mesmo, emanar musica dos lábios

Faísca nos olhos, brilho no sorriso e aroma de plenitude pela pele.


Ser feliz cria felicidade, como radiação do sol, se propaga por todo planeta

E dissipa qualquer depressão, poderosíssimo, como luz na escuridão

aquelas acumuladas no peito ou as que passeiam pelo ar.


Ser feliz é coisa muito simples, muito natural, da origem...
É apenas se transformar em energia luminosa e se propagar por aí!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Seja capaz de ser feliz.



"Ninguém é dono da sua felicidade.
Por isso, não entregue sua alegria, sua paz,
sua vida nas mãos de ninguém,absolutamente ninguém.

Nunca espere ganhar a felicidade
das mãos do seu companheiro, sua família,
seus amigos, etc.

Apenas esteja feliz com eles.
A sua felicidade está dentro de você mesma.
Nunca se esqueça de que somos livres,
não pertencemos a ninguém.
Se você anda repetindo muito
"eu preciso de você" ou,
"você é a razão da minha vida",
cuide-se!

Pare de colocar sua felicidade
cada dia mais distante de você.
A razão da sua vida é você mesma.

Seja feliz com os que estão ao seu alcance hoje.
Dê valor àqueles que são carinhosos
e têm consideração por você.
Se andar desesperada por problemas financeiros
ou do coração,
calma!

Você é reflexo do que pensa diariamente.
Pare de pensar mal de você e seja sua melhor amiga sempre.
Silenciosamente cuide muito de você:
aprecie suas qualidades,
aprenda a se perdoar,
evite carregar culpas ou mágoas,
tenha firmeza de caráter,
se exercite e se alimente corretamente,
medite,
reze,
leia,
etc"

De Junior Cordolino

Nothing


Não há nada a dizer

Quando não se houve confidências

De olhar, de toque, de palavras.


Não há nada a fazer

Quando se jogamos um nos braço do outro

No vazio de respostas e de perguntas, no vazio da alma

E nos soltamos por alguma razão desconhecida.


Não há nada a refletir

Pois não foram construídas estradas

Nem lugares de paradas dentro do ser.


Há algo a calar?

Talvez, em alguma ponta desse laço

Tenha ficado algum nó

E não há nada que se possa fazer

Quando se desejou tanto ser livre,

Mas na prega sentiu prazer.

Feridas d'alma



Ha tanto tempo acostumada a sentir o vazio da alma,

A esperar brisa leve em dia quente

A roupa já desgastada de tanta maratona

Abraçada a um sorriso partido pelos golpes da vida.


A vida, azia de quem comeu demais, mal digerido,

Amargura, sabor de quem almejou provar coisa melhor,

Mas o corpo é cheio de ironia

E o espirito de respostas esguias.


Que canto, não há mais pássaros no céu;

A palavra não sublima a sensação

Quando desconhecemos seu endereço.

sábado, 25 de julho de 2009

Abattu


Mes larmes vont a la chute du l’espoire qui seul a fait mon âme brûler sans savoir que pour mourrire il faut aimer.

Minhas lágrimas vão na derrocada da esperança qui só fez minh'alma queimar sem saber que para morrer é preciso amar.

Traçados



Deves saber quando é hora de parar de seguir em vão em um caminho vazio
Abrir as mãos para que o perdido voe livre envolvido apenas no amor de uma olhada

Deves ser fênix, caminhar pela areia seca sentindo-a molhada pelas lembranças caladas
Curando a ferida e permitindo amar ainda, mesmo quando não se pode mais
Mesmo quando não se pede, nem se precisa, é preciso continuar amando.

Desistir de sonhar, mas levar a liberdade de um amor que independe condição e paixão
Quem já se foi e já fizemos o que devemos, ainda amar as imagens sonhadas, as palavras caladas, a vida inteira

Perdido?Jamais, apenas seguindo horizonte pertencido ao milagre dado, ser feliz em outros abraços
Permitir o vôo bem dado, voar também embora seja outro céu, outra via
Ainda que a esperança do encontro nos decepcione
Não importa se não chegue o brilho, amá-lo, esta é a maravilha

Sentir que o outro ainda está tão perto
E sonhar um pouco mais em ser livre quando se ama preso e aprender um pouco mais
Seguir até o eterno nesse gracejo que é a verdade revelada nos trágicos finais .

Orfeu despedaçado



As minhas palavras já não têm poder. Não serão mais capazes de te comover. Não, meu lírio não destruirá as barreiras do orgulho, da frieza, da decisão, seja lá o que for é mais poderoso.
Impotente dentro de minhas utopias vazias, minhas mãos ensangüentadas sem esperança de perdão. Não adiantará ser despedaçado, meu corpo de ouro é cinza podre lavada pela água da chuva, lama estragada, não fará brotar grandes riquezas. Talvez minhas mãos, minha oração, minha energia, minha vida pudessem ser doadas em troca da devolução do maior presente perdido, agora jazendo nos confins da terra, escuridão. Mas a mim só cabe as palavras, eu só as tenho e ela só possuem a mim. As usarei apenas pra cantar minha dor, a impotência da mudança desejada como se ainda que encantado por ela eu pudesse reter o presente que guardas em teu coração.



Mas quem dirá que como Orfeu eu também não terei o impulso de contemplar o meu amor. Pedra apenas pedra, pelo menos ele se aproximou, chegou a ter a esperança do retorno e a vibração do fulgor, a mim vazias perspectivas, a mim a fragilidade da minha lira, eu só tenho as palavras e elas já não causam mais alegrias nem dor.

Ironias



É irônico como causamos certas aflições e acabamos aceitando-a como destino, ou acaso, as pessoas te menosprezam por isso, é porque elas não sabem a dor que é carregar um erro eternamente. É mais irônico quando o reconhecemos e temos a humildade de correr atrás para corrigi-lo e descobrir que é tarde demais. Não há culpados, há quem diga, o amor é assim mesmo, vive passando pela gente, não devemos crucificar por tê-lo deixado passar, a questão é que ele passa quando quer, mas às vezes nós ajudamos dando o impulso que precisava.
Acreditar em amor que fica por esforço e dedicação é ironia, acreditar que só sai se permitirmos é consolo pra quem já perdeu um grande amor. Entender porque umas pessoas esquecem e outras guardam é mistério, entender porque a colheita seca e outra brotam mais ainda. É preciso aprender, apenas olhar com mais cuidado, sabendo que não serás capaz de ultrapassar a superfície do entendimento. Se permita subir mais um degrau, pensar um pouco mais no funcionamento das coisas, como se isso te protegesse do próximo erro.



O futuro da vida é feito de três pontinhos... Aqueles que imaginamos tantas letras que nunca serão as que preencherão o espaço vazio. A cada costura feita na ferida profunda, ir com a paciência do perdão e sentir que aprendeu alguma lição, não aquela que nos leva ao túmulo da alma, mas a que contenha alguma graça. É pra brilhar que nascemos e porque cega-nos a escuridão?É que nos esquecemos de abrir os olhos.
Um amor partido é uma fórmula que te guia ao conhecimento de si. Aonde te perdestes alma inquieta?No vazio das suas metas?No cheio de teus confusos pensamentos?Recorda-te que teu amigo é teu maior inimigo e que teu maior inimigo és teu maior amigo. Teu melhor amigo és a ti mesmo. Não foi teu amor que se foi, mas a ti, se foram em um só, sempre serão, partiu...
Não, apenas se repartiu e deves aprender a multiplicá-lo, porque as partidas têm sido contínuas e é preciso levantar as certezas de uma nova manhã, com cheiro de rosa molhada e tapete esguio, tendo a coragem de sempre caminhar pelos verdes sombrios de um sentimento incompreendido.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

O amor e o hóspede



O amor é como um hóspede mal educado que chega sem ser convidado. Quando chega quer ser bem servido, incomoda e nem percebe a cara feia do hospedeiro, mas no outro dia já começa a dar alegrias, ainda que continue aborrecendo. De repente o hospedeiro começa se sentir perturbado com os brilhos que os olhos alcançam e também com repentinas tristezas e iras ocorridas quando o tal do hóspede não age conforme as regras da casa. Ele é tão teimoso que não sai quando o hospedeiro já farto manda sair, já não tolerando mais suas manias nem considerando tanto aqueles êxtases que foram diminuindo.
Hospede mal educado, egoísta, tem suas próprias vontades, a gente berra, grita, chora, até fica calmo e tenta fingir que ele não está. Resolvemos não fazer suas vontades pra ver se ele se toca e vai embora, dá até semancol. Chega ao ponto de se chamar de otário e idiota por ter aberto as portas, mesmo sabendo que não seria possível no instante que ele apareceu adivinhar o estrago que faria. E que hospede bagunceiro, troca os móveis de lugar, uns sujam muito, outros limpam, mas todos mechem nas coisas e tudo fica diferente, já nem reconhecemos mais a nossa casa. Mas ele não sai mesmo, retado, teimoso, fica dizendo que ele veio na hora certa e o momento que deve partir é ele quem dita.
Então depois de tanto suar e de tanto desistir, sem nem perceber, o hospede, sai devagarzinho... Pela janela?Pela porta??Não importa, a questão é que é tão cauteloso que nem percebemos, talvez por já ter-nos acostumado, só que depois de um tempo de paz em que ficamos aliviados e chegamos até a rir de alegria por ter se livrado daquele peso, a gente começa a sentir falta da presença daquele intruso, da bagunça que ele fazia, de alguns arranjos, das mudanças que nos causavam. Começamos a sentir falta das emoções incomodas e boas que nos causavam, e como todo hóspede quando vai embora, a gente fica desejando que ele volte, mas a verdade é que quando ele ameaça voltar muita gente tranca a porta, porque vê o risco de passar por tudo de novo. Mas não adianta, ah não adianta mesmo... Esse hospede é muito mal educado, nem porta fechada com tranca e ferro impede esse intruso, ele se camufla, pode ser de vento e passar por debaixo da porta, pode ser de outro sentimento, pra que você o receba, ou então ele arromba a porta e começa a mandar no pedaço, você fica atordoado e reclama mais uma vez da impotência de ordená-lo sair ou entrar.Porém se soubermos aquietar o coração a gente começa a aprender muito com ele.
O dia que o hospedeiro depois de ter passado por tanto sufoco, por tantas idas e vindas desse hóspede maluco que nunca é o mesmo, resolver compreende-lo e observá-lo aprendendo com ele, se tornarão grandes amigos. Junto, serão fortes, intensos. Então ele fica pra sempre?Isso eu não sei, a verdade é que o amor nunca deixou de ser um hóspede independente. Fica se quiser?Talvez não possa. Afinal a linha entre poder e querer é tão longa que desaparece no infinito. E o bom dessa estória é que o amor fica sendo um hóspede que além de indomável é misterioso.

Amar


Amar é morrer sem saber porque.
Amar é viver na ausência da vida
E se perder na escuridão do dia.

Amar é mirar a brancura de uma alma esverdeada
Seguir vozes no mundo sem palavras
E andar com as pernas tortas quebradas
Com o êxtase de uma alma envergonhada

Amar não exige medida, lição, poesia
Se alimenta de vazios imensos
E de grandes tumultos invisíveis
Leves galopadas da alma
E grandes gotas de sangue desgarradas
Feridas já largas que o tempo não encontrou cura

domingo, 14 de junho de 2009

LA DANSE


Donne-moi ta main

Petit langage d'ailleurs

Vien mélanger ton sourire, tes douleurs

Teus brancos et mes couleurs

Meu samba et ton classique de Wagner


Embrasse-moi !

Laisse rouler nos corps

Aux clic des heures

Dans ce théâtre Moliere

Dans les scènes de Glauber


Regarde fond dans mon âme

La fleur de Rosa dans mes yeux

À travers mon miroir

Le reflet de ton visage nature Rousseau


Tes mains sur ma peau m'entraîne

Pieds sur le sol au son d'une valse

Sculptant mes courbes pleines

A la caresse de nos angoisses


Dans la musique, dans le rythme,

De tambor, de berimbau, de piano

Nos corps mise en abyme

Remonte à la surface de l'eau


Viens faire de ce moment fragile

Un message de désir pérenne

Construir une chorégraphie sensible

Rencontrer l'autre dans soi-même


Nous sommes des génomes séparés

Par la force de la Tyranie

Qui a rendu ennemie

Les amant sacré


Viens transformer la vision sourde

En capteur de notre amour absurde

Comme un spectacle de Claire de Terre

Toucher avec nos lumières

Main, bouche, coeur, esprit


Viens couleur rouge de mon âme

Arraché les vaines du langage

Les faire amant des mirages

Qui se noie dans une flamme

Cette vie, compatible désirer


Laisse ce feu consumer la nuit, le ciel, le sable

Solide comme une pierre dans l'eau sauvage

Construire l'utopie de l'humanité

Faisont l’amour

Mélangeon-nous

Pour tout nos rêves sauver